Esse mês ao ir na livraria Mega Morais escolher a leitura que gostaria de compartilhar com vocês por aqui tive o relance de escolher uma obra de um dos meus autores favoritos desde sempre: Roald Dahl. Juntamente com a resenha nasceu a seguinte ideia: Porque não falar desse grande autor e da importância que ele pode ter para as crianças, pré e adolescentes na formação literária desses novos leitores?

A ideia nasceu e já fui cortando as asinhas dela: Ah não, vou deixar pra falar de criança em outubro né, afinal, mês das crianças.. Olha, eu não sei vocês mas meu tico e teco trabalha o tempo todo me policiando nas minhas contradições do dia a dia em ser humano. Novamente na mesma hora pensei: Então quer dizer que a gente só deve estimular crianças na leitura, pensar e falar sobre elas em outubro? Como a resposta lógica disso é não aí vem o artigo deste mês: vamos falar de leitura para novos leitores e de como inserir literatura na vida das pessoas.

Sempre bato na tecla que toda pessoa gosta de ler, ou vai me dizer que quando não tem um tempinho não tá lendo o instagram alheio, uma receitinha nova, o jornal de um real, seja lá o que for. É interessante que sim, todo mundo gosta de ler, algumas pessoas ainda só não entenderam o que ou qual livro necessariamente a captaria de uma vez como leitor. Quando a gente fala de crianças não é nada diferente.

Cada vez mais convivemos em uma sociedade onde o subterfúgio comum é as telas, até certo ponto está tudo bem com isso, mas em outros aspectos o excesso não é nada legal não é mesmo? Sempre que alguém me pergunta como nasceu o meu amor por literatura a resposta é única: eu não sei como nasceu, aprendi a ler com 3 anos antes ainda de ir a escola, de certa forma eu sempre estive lendo, tudo em todo lugar sempre que tenho oportunidade.

O que eu realmente sei é que sempre fui estimulado a isso e realmente acredito que este estímulo o quanto mais cedo é levado as crianças mais cedo é nascido o amor a partir disso. Minhas amigas mães (alô Talita e Thais) e irmãs sabem que meu presente pros filhos sempre tem livro no meio (até num chá de fralda além da fralda e do lencinho eu dou um jeito de colocar dois livros no meio). Quanto mais cedo a criança pega um livro, rabisca, brinca e até mesmo rasga mais cedo ela passa a ter convívio com aquele material e assim nasce a conviência e por vezes o amor.

E se posso dar uma dica para novos leitores, pais, amifos e parentes que querem estimular literatura na vida dos pequenos e grandes leitores que estão começando (afinal, eu até hoje com 30 anos amo Roald Dahl) é: leia Roald Dahl. Em seu estilo irreverente com grandes clássicos no curriculum (Matilda, a Fantástica Fábrica de Chocolates, As bruxas, entre vários outros) seus livros allém de serem uma diversão integral ainda não contam com finais óbvios, mostrando que a felicidade de fato pode vir a nascer de lugares e situações inesperadas.

A última e maior das dicas? Sempre que possível: leia para uma criança!