/Em outra vida, talvez?

Em outra vida, talvez?

Paulo Fonsêcà

Ainda seguindo a proposta tomada no mês passado para os meses que se seguem, todos os livros por aqui comentados foram adquiridos na Livraria Morais, nossa livraria de Brumadinho. O do mês foi uma super indicação da livreira Rose, quem faz o recorte de destaque da mesinha dos livros de lá e que me trata com super carinho quando por lá vou. E olha, que acerto o dela!

Em outra vida, talvez? É meu terceiro contato com a autora e a cada livro que leio de Taylor Jenkins Reid fico ainda mais apaixonado. Nesse romance em questão ela vem nos questionar se de fato a cada uma das escolhas que fazemos muda por completo o rumo de nossas vidas. Aqui temos a história de Hannah, uma mulher que ainda não conseguiu construir raízes em nenhum lugar e depois de um relacionamento meio “méh” decide voltar para São Francisco a morar novamente com sua melhor amiga dos anos de faculdade. Muita coisa mudou, outras nem tanto, em meio a esse retorno lhe é oferecida uma festa de boas-vindas com todas as pessoas do seu ensino médio e em meio a elas Henry, o seu amor da época que por motivos bestas ela acabou perdendo-o. Já no fim da noite ele a convida a ficar mais e levar para casa um pouco mais tarde e é aí a grande reviravolta da história…

Uma das Hannahs aqui contada decide ficar e viver a noite com Henry, retomar a história do passado.

Outra das Hannahs decide ir embora e seguir o rumo da sua vida sem tantos desenhos.

O que temos no livro a partir de então são capítulos entremeados sobre o que se sucedeu na vida de cada uma dessas Hannahs, onde essa pequena escolha mudou completamente o rumo da sua vida.

Na vida real existe uma teoria a respeito do universo que diz que tudo que é possível acontece. Isso quer dizer que, quando a gente joga uma moeda pra cima, ela não dá cara ou coroa, ela dá cara e coroa, porém em universos diferentes. Isso acontece a cada segundo, todos os dias. O mundo se redivide infinito em universos paralelos onde é totalmente possível que em cada vez que você toma uma decisão uma versão de nós mesmos em algum outro lugar escolheu seguir por outro caminho.

O que parece ser loucura nos faz por aqui devorar a cada página, presenciar inúmeras viradas de mesa, sorrir, chorar, se angustiar com Hannah e as escolhas de sua vida, comparando com as nossas e entendendo cada um dos nossos processos, imaginando as inúmeras possibilidades de vivência e universos das nossas mais múltiplas versões e acima de tudo nos encantar mais uma vez com Taylor Jenkins Reid.

Por fim, ressalto as dicas: confie nas dicas das livreiras e principalmente: LEIA MULHERES!