Wagner Padua

Vivemos eternamente na angústia de tentar eleger qual é a melhor fase da vida. Para uns, a fase da infância é maravilhosa, na sua inocência e pureza, no amor livre e gratuito, na descoberta do ser, do corpo e do mundo; a adolescência tem seus adeptos, que acreditam ser essa a fase das experiências, da energia da juventude, do desabrochar dos hormônios, da consolidação da personalidade. A juventude, para outros, merece a medalha de ouro. Afinal, como a fase do namoro, das festas, do sexo carnal, das contradições e das diferenças de opiniões não ser a melhor? Os adultos tem fortes argumentos para eleger essa fase como a melhor, defendem a maturidade, a estabilidade profissional e financeira, a curtição responsável, o prazer da família e das conquistas. A maioridade pode também ter suas razões e também merecem o crédito pois, apesar de algumas dores e limitações físicas, o coração e a alma são repletos de experiências e vivências, o que permite uma visão plena e ampla da vida. 

Mas afinal, quem tem razão? Quem está realmente certo? Ora, que bobagem tentar eleger a melhor fase da vida. Estamos sempre tentando justificar ou procurar por algo que está distante de nós: a plenitude da felicidade. Onde estará? Será que ficou no passado nostálgico, na saudade dos tempos de outrora ou no futuro sempre incerto e imprevisível? Fato é que a melhor fase da vida certamente é aquela que estamos vivendo, o momento atual e real, com todo o esplendor de cada dia, com os mistérios que envolvem as estrelas, com o ar que preenche nosso peito, com o sangue que corre em nossas veias. Viva intensamente cada dia, desfrute dos momentos presentes, desapegue da depressão do passado ou da ansiedade do futuro. Transforme e invista na sua vida hoje!