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Os Pilares Universais

Wagner Padua

Passamos recentemente por um período tradicional de reflexões, durante a quaresma e nesses dias pensei sobre como o mundo ideal, pregado e disseminado há mais de 2 mil anos, ainda não é real. Peço a você, leitora e leitor dessa coluna, que me permita fugir um pouco do nosso foco central, que é a saúde. No artigo dessa edição, quero compartilhar com você esses meus pensamentos. No mundo ideal, Jesus propunha aos seres humanos alguns pilares para a nossa sociedade. Quero focar aqui em 4 deles, que considero a base dos ensinamentos. Refletindo sobre cada um deles, constatei que, infelizmente, ainda estamos longe do chamado mundo ideal.

O primeiro pilar é a justiça. Jesus pregava um mundo justo, onde a lei e justiça divina sobrepunha as leis dos homens e está deveria ser regida pela primeira. Hoje vivemos em uma sociedade ainda muito injusta, onde o favorecimento, as diferenças sociais, o poder e o dinheiro desequilibram a balança a favor dos mais privilegiados. O segundo pilar cristão é a paz, a harmonia entre os povos. Acho que o contrário disso está escancarado no noticiário diariamente. Guerras, violência, discórdia, Intolerância, egoísmo, nos afastam de um mundo de paz.
O terceiro é a igualdade. Jesus falava aos sábios e aos de pouca ou nenhuma instrução, tocava ricos e pobres, respeitava a todos por igual. Ainda hoje, por outro lado, convivemos em uma sociedade extremamente desigual, seja na renda, nas oportunidades, na educação, no acesso a saúde.
Por fim, o quarto princípio que é o acesso ao básico, aqui me refiro a comida. Jesus propunha o compartilhar, o doar, o repartir, as vezes fazendo milagres para ofertar o pão a quem tem fome. Hoje, gastamos fortunas com guerras, orçamentos superfaturados, desperdícios de toda natureza, enquanto milhões no mundo (e também no Brasil) passam fome e carecem de acesso mínimo a nutrição, moradia, saneamento.
Convido você que compartilha comigo esse texto a também refletir se de fato estamos aplicando o que Jesus nos ensinou há séculos. Independentemente de sua crença religiosa (a qual respeito de forma plena e soberana), acredito que esses pilares deveriam ser universais e que continuemos firmes na busca por um mundo melhor para todos nós e uma sociedade mais justa, igual, acessível e de paz.