Na edição anterior do Jornal Circuito Notícias pontuamos algumas ações coletivas desenvolvidas por governo, empresas e moradores, para que uma cidade se preserve organizada e limpa.

Como Brumadinho é um município com predisposição turística devido a sua localização, geografia, cultura e receptividade nata do bom mineiro, vamos prosseguir com o assunto, visto que há um bom público de empreendedores apostando no setor turístico na região.

Depois da enchente de janeiro deste ano, o cenário visual do município ficou mais prejudicado, somado às obras de infraestrutura que estão sendo realizadas desde o crime da Vale. Mas, ao nosso ver estas obras andam muito devagar. A ansiedade de vê-las prontas é compartilhada por muitos, principalmente pelos investidores no segmento turístico que precisam de uma boa infraestrutura para o ir e vir de seus públicos.

Desta forma, vale pontuar que a obra inacabada da ponte que liga a avenida Inhotim à MG-040 está demorando demais na sua conclusão. Estando finalizada, resolveria o problema do congestionamento na entrada principal da cidade nos horários de pico.

E os arredores da ponte do caminhoneiro? Será que não há como melhorar aquele acesso, principalmente nos quesitos sinalização e limpeza? Não seria uma boa ideia as empresas mineradoras adotarem aquela região? Lavando a estrada e não apenas molhando, para evitar a poeira?

Seria de bom grado que os meios-fios se mantivessem pintados e o percurso jardinado, por que não? Empresas de mineração também podem e devem investir em paisagismo, principalmente porque são elas as grandes responsáveis pela degradação nas áreas que atuam e no encardido das cidades que as abrigam. Por que não investirem numa boa contrapartida?

Jardins, meios-fios e faixas de retenção e de pedestres pintadas fazem diferença, para melhor. Por falar nisso, na avenida mais movimentada da cidade, a Vigilato Braga, os moradores sentem falta do jardim no canteiro central. Se não deu certo com as flores coloridas, por que não investir em folhagens mais resistentes? Há plantas de muitas tonalidades que podem dar vida ao canteiro central e aos nossos olhos.

Muitas vezes a causa de uma cidade ficar mais feia é a falta de manutenção. Estradas, ruas, calçadas, jardins, fachadas de comércios e de residências precisam de manutenção continua. Por que é tão difícil preversar investimentos com manutenção rotineira? Por que é tão demorado concluir uma obra?

Continuamos batendo na mesma tecla, com o objetivo de construir um município mais bonito, com a participação de todos os moradores, empresas e gestão pública. Não podemos permitir o desmazelo, quando o que temos no caminho é o turismo, e quando sabemos que quem faz a maior sujeira nesta estrada é a empresa mineradora, maior economia da cidade e que deveria dar o maior exemplo.

Precisamos achar um meio de uma economia não atrapalhar a outra em ascensão. Precisamos criar o costume dos gestores públicos investirem em manutenção. Precisamos incentivar os moradores a investirem em suas moradias, com acabamento e limpeza.

Casa limpa é responsabilidade de todos os seus moradores, e cidade limpa é responsabilidade de todos os seus habitantes. Sujeira espanta visitas, e em lugar limpo o turista permanece por mais tempo e depois tende a voltar. Não há mistério para fatores tão simples: limpeza, manutenção e beleza. Vamos investir neles para colher bons resultados coletivos?