/Reviva Brumadinho, Reviva Inhotim

Reviva Brumadinho, Reviva Inhotim

Precisamos falar sobre o Inhotim e o turismo de Brumadinho. Todos nós sabemos o quão horripilante foi o dia 25 de janeiro de 2019, dia em que a barragem de rejeitos da Vale se rompeu, foi muita correria e muita falta de informação sobre o que estava realmente acontecendo. O Museu Inhotim, conhecido mundialmente, tomou a decisão de “evacuar” a área na hora do ocorrido, o que foi entendido de forma equivocada por muita gente. O Inhotim foi “evacuado” não por ter sido atingido ou por existir chance de os rejeitos chegarem até as dependências do museu, mas sim por respeito a todos os moradores e a todos os atingidos, o que incluiu, infelizmente, familiares de funcionários. Mas a notícia circulada aos quatro cantos foi “O Inhotim será evacuado” o que causa nas pessoas a sensação de que o perigo ao museu era real, que tudo corria risco e seria destruído. Isso ficou marcado na memória de todos que receberam a notícia, que havia perigo de algo que nunca aconteceu e isso vem trazendo grandes problemas para o futuro do município.

O que realmente aconteceu é que nunca ouve ameaça para o Inhotim, eles simplesmente respeitaram o momento de tristeza de todos, tiveram dignidade e compaixão com os atingidos e seus familiares. Foram muitas pessoas afetadas e que realmente precisavam de atenção no momento.

O crime da Vale acabou com vidas, sonhos, basicamente arrasou com a alma de toda uma população. Com a proporção que tomou, cenas da tragédia foram espalhadas por todo o Brasil, e até mundo, trazendo à tona um sentimento de medo. Esse sentimento fez com que outras barragens, em situações parecidas e até piores, fossem denunciadas. Nova Lima, Macacos, Barão de Cocais, Foto: Inhotim Itabira, Congonhas e tantas outras cidades em Minas Gerais estão na lista de perigo por conta de barragens. O problema dessa bola de neve é que desencadeou, por conta do medo, uma outra adversidade: Estamos “matando” o Inhotim aos poucos, mesmo que de forma inconsciente, nosso medo está ajudando a fechar as portas do maior museu a céu aberto do mundo.

Por conta de toda a situação, os visitantes estão perdidos sem saber se é certo visitar o Instituto na situação que a cidade se encontra, se o mesmo ainda está em funcionamento, se ainda estão abertos e funcionando da mesma forma, se foram atingidos pela lama, resumindo, as pessoas estão com receio, medo, de viram aqui. Precisamos reverter essa situação, hoje mais que nunca precisamos achar uma nova saída para conseguirmos superar todas as adversidades que enfrentamos.Precisamos trabalhar de forma coletiva, venham visitar nosso Município, venham visitar o Inhotim, estamos vivos e fortes. Isso tudo não depende de Governo, patrocinadores e empresas, depende de nós, e quando eu digo nós é porque engloba a todos. Precisamos focar na solidariedade, no futuro, nas belezas que ainda temos a oferecer e, lógico, na esperança. Vocês podem ter certeza que Brumadinho e o Inhotim tem tudo isso de sobra para oferecer. Venham nos conhecer e se surpreender!

O museu funciona de terça a sexta das 9h30 às 16h30 e nos finais de semana e feriados das 9h30 às 17h30. Nas quartas-feiras (exceto feriados), a entrada é gratuita para todos; nos demais dias, o ingresso custa R$ 44 (inteira) e R$ 22 (meia). Lembramos que crianças até 5 anos não pagam ingresso. Os ingressos podem ser adquiridos online ou na recepção. E para chegar ao Inhotim, os acessos pela BR040 passando por Retiro do Chalé ou Piedade do Paraopeba e o acesso via BR-381 estão liberados. Já a estrada que liga Casa Branca ao Córrego do Feijão ainda continua bloqueada. Os serviços de transporte da Belvitur e da Saritur já estão regularizados. Para esclarecer quaisquer dúvidas entre no site do Inhotim e se informe: inhotim.org.br