Estrutura está localizada próximo ao local do rompimento da barragem e homenageia as 270 pessoas mortas, entre elas duas grávidas.

 

O memorial construído em homenagem às 270 pessoas mortas — entre elas, duas mulheres grávidas — no rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, será administrado pelas famílias. A estrutura fica perto do local da tragédia e aguarda vistorias para a inauguração.

O acordo que selou às famílias a governança do memorial foi assinado nesta sexta-feira (4 de agosto) em encontro entre representantes da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão Brumadinho (Avabrum), a mineradora e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

O memorial será um espaço destinado à promoção da memória em diferentes níveis e formas, em benefício da sociedade, em especial à memória das vítimas. O espaço será mantido pela Fundação Memorial de Brumadinho, fundação privada sem fins lucrativos, que foi instituída nesta sexta-feira.

Pelo acordo, a Vale se compromete a contribuir financeiramente para a instituição da entidade e para a manutenção das ações destinadas à gestão e conservação do memorial. A mineradora deve depositar R$ 157.902.000,00 na conta da fundação, como dotação inicial e garantia, em cinco parcelas anuais.

Além disso, haverá depósitos complementares anuais, até 2027, em valores que variam de R$ 5 milhões a R$12 milhões, até que a chamada “escrow account” esteja plenamente constituída, gerando rendimentos suficientes para arcar com o custeio anual do Memorial. O Termo de Compromisso estabelece que a Vale não poderá divulgar o nome da Fundação e do Memorial para fins publicitários

Memorial 

No local, onde será contada a história das 272 vidas perdidas e de seus familiares na maior tragédia ambiental ocorrida no Brasil, 272 ipês amarelos foram plantados. Eles representam cada uma das vítimas do rompimento da barragem, ocorrido em 25 de janeiro de 2019.

 

 

Matéria por: O Tempo