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Delegado preso em caso Marielle pede pra depor à Polícia Federal

Brumadinho, 29 de abril de 2024.

Após ser acusado de proteger os supostos mandantes dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, busca prestar depoimento à Polícia Federal. O pedido foi feito ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Barbosa foi detido devido às investigações que apontam sua suposta ação para salvaguardar os mandantes dos assassinatos. Um mês após sua prisão, os suspeitos continuam em presídios federais, optando pelo isolamento.

O caso também envolve o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), ambos negando as acusações.

Além do delegado, sua esposa, Érika Andrade de Almeida Araújo, também está no radar das autoridades. A PF alega que ela possuiria empresas de fachada que teriam participado de suposta lavagem de dinheiro e agido como “testa de ferro” de Barbosa.

Os advogados do casal rejeitam as acusações, afirmando que não há provas de atividades ilegais nas empresas de Érika nem de enriquecimento ilícito.

Em sua delação premiada, o ex-policial militar Ronnie Lessa implicou Chiquinho Brazão como instigador do crime, motivado por desavenças políticas. Lessa também apontou Barbosa como peça fundamental na proteção dos mandantes.

O ex-PM Lessa está sob custódia desde 2019, acusado de ser o executor dos disparos que vitimaram Marielle e Anderson em março de 2018.

O desdobramento dessa história promete revelar mais detalhes sobre os bastidores deste caso que chocou o país.