/Com baixa adesão, vacinação contra Poliomielite atinge menos de 70% de público-alvo em Brumadinho

Com baixa adesão, vacinação contra Poliomielite atinge menos de 70% de público-alvo em Brumadinho

Terminada em Brumadinho na última segunda-feira (24/10), dia Mundial de Combate à Poliomielite, a campanha de vacinação em Brumadinho deixou números poucos positivos com relação à cobertura. Situação que tem preocupado alguns setores da saúde na cidade.

 

A Poliomielite ou Paralisia Infantil é uma doença contagiosa aguda que pode atingir tanto crianças quanto adultos e, a única forma de preveni-la é por meio da vacinação. Por isso, todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas.

 

Erradicada no Brasil em 1994, a doença foi uma das grandes vilãs de gerações anteriores, que não puderam ter a oportunidade de acesso à vacina, acometendo as vítimas com sequelas irreversíveis, como paralisia de uma das pernas, paralisia dos músculos da fala, atrofia muscular, osteoporose – além do crescimento irregular das pernas.

 

Em Brumadinho, o público total que oficialmente deveria ser imunizado no início da campanha, era de 1913 crianças. De acordo com números cedidos pelo Setor de Vacinação da Secretaria Municipal de Saúde, somente 1289 crianças receberam o imunizante, totalizando apenas 67,38% de vacinados.

 

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), para que uma imunização possa ser considerada eficaz, ao menos 90% de todo o público da vacina deve ser atingido.

 

“Nós temos enfrentado barreiras não só na campanha contra a Poliomielite como para todas as outras. Os pais e as famílias perderam a percepção do risco de introdução de doenças. Imagino que pelo fato de diversas delas hoje estarem erradicadas, o que é uma atitude completamente equivocada, pois a vacina tem ação efetiva no combate ao vírus”, aponta Suemi Pampullini, Referência Técnica em Imunização.

 

Ainda de acordo com Pampullini, a última vez em que se alcançou uma cobertura vacinal superior a 90% foi em 2015. Desde então os números vêm caindo ano a ano. No Brasil o último caso da doença foi registrado há mais de 32 anos, em 1989.

 

 

 

Matéria por: Moisés Elias / Prefeitura Municipal de Brumadinho