Em uma mudança significativa, o Ministério da Saúde atualizou sua lista de doenças ocupacionais, agora reconhecendo oficialmente o burnout e transtornos relacionados ao uso excessivo de álcool como condições que afetam a saúde mental e física dos trabalhadores.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, assinou a portaria que incluiu 165 patologias na lista, elevando o total de códigos de doenças de 182 para 347.

O burnout, distúrbio vinculado ao ambiente de trabalho, é caracterizado pelo esgotamento físico e emocional do profissional, frequentemente decorrente de condições desgastantes, excesso de trabalho ou metas inatingíveis. A revisão da lista, que ocorre após atualização em 2020 e subsequente revogação da inclusão da Covid-19, visa estruturar medidas para promover ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis.

Essa alteração, parte da 11ª edição do Encontro da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador, conhecido como ‘Renastão’, recebeu parecer favorável dos ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, entrando em vigor 30 dias após a publicação da portaria. A medida reforça o compromisso em fortalecer a Política Nacional de Saúde do Trabalhador, abrangendo toda a população trabalhadora, independentemente do contexto urbano ou rural, formal ou informal.