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Candidato a prefeito é denunciado por falsificação de documentos apresentados à Justiça Eleitoral

O cenário político de Brumadinho volta a ser agitado com uma nova polêmica envolvendo Guilherme Morais, candidato a prefeito pelo PSD. Desta vez, ele enfrenta graves acusações de ter apresentado documentos falsificados à Justiça Eleitoral. A denúncia surge após o pedido de impugnação de sua candidatura, feito no último dia 17 pelo promotor Rodrigo Augusto Fragas de Almeida, do Ministério Público Eleitoral (MPE), que apontou irregularidades no registro eleitoral de Guilherme.

Em resposta ao pedido de impugnação, a defesa de Guilherme entrou com um recurso na semana passada. No entanto, documentos apresentados no processo, como atas, selos e o registro de renúncia, estariam adulterados ou com datas divergentes.

O pedido de impugnação foi impulsionado no fato de Guilherme ter renunciado ao cargo de vereador em meio a um processo de cassação baseados em denúncias de pedofilia e estelionato, o que, segundo a Lei da Ficha Limpa (artigo 1º, inciso I, alínea “K” da Lei Complementar nº 64/1990), o tornaria inelegível.

Além disso, foi apresentada uma ata notarial, que supostamente confirmava a localização do documento de renúncia no site da Câmara, mas essa informação não procede, pois o documento não está disponível online. O selo utilizado nessa ata é falso. Outro ponto controverso é um registro que, segundo a defesa, teria sido feito em um cartório de Belo Horizonte, mas que, curiosamente, apresenta um selo de um cartório de Ibirité. O próprio 10º Ofício de Belo Horizonte confirma que os documentos são falsificados.

“Já confirmei, realmente é falso. Como eu te disse, nunca tivemos um escrevente com o nome de Douglas. E pela característica aí, se trata de uma montagem mesmo”, afirmou um funcionário do Cartório à imprensa.

A situação coloca em xeque a candidatura de Guilherme Morais, caso a Justiça confirme as irregularidades e decida pela impugnação de sua candidatura.

A responsabilidade do eleitor, nesse contexto, é vital. Cabe a ele avaliar não apenas as promessas de campanha, mas também o histórico e a conduta ética dos candidatos.

Votar em alguém com ficha suja pode alimentar práticas corruptas que passam também  ser responsabilidade do eleitor, que escolheu votar nesse perfil de candidato.