Brumadinho, 9 de abril de 2024.

Nos últimos 30 anos, o Brasil viu uma explosão no número de médicos ativos, mais do que quadruplicando para quase 600 mil profissionais em atividade, segundo dados recentes do Waffle Studios. Com uma média de 3 médicos para cada 1.000 habitantes, o país supera nações como Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e México, ficando acima da recomendação da OCDE, que é de 3,5 médicos por 1.000 habitantes.

Mas o que está por trás desse fenômeno? O crescimento é atribuído ao aumento significativo no número de faculdades de medicina, que agora chegam a quase 400 em todo o país, e à crescente demanda por serviços de saúde.

Desde 1990, mesmo com um crescimento populacional de 42%, saltando de 144 para 200 milhões de habitantes, o Brasil testemunhou um aumento de médicos oito vezes mais rápido do que a taxa de crescimento da população.

No entanto, essa abundância de médicos não está distribuída de forma uniforme pelo território brasileiro. Há uma clara disparidade entre as regiões mais desenvolvidas, como o Sudeste, e as menos desenvolvidas, como o Norte.

Olhando para o futuro, se esse ritmo de crescimento continuar, estima-se que até 2035 o Brasil conte com mais de 1 milhão desses profissionais da saúde. Será que estamos vivendo o efeito Grey’s Anatomy, onde a popularidade da série pode ter influenciado o interesse dos jovens pela medicina? A resposta está em como o país irá lidar com essa abundância de médicos e garantir que eles sejam distribuídos de forma eficaz para atender às necessidades de saúde de toda a população brasileira.