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Atingidos pedem respostas da Vale e da Defensoria Pública

Na última terça-feira, dia 12 de novembro, vários manifestantes se reuniram na porta do prédio aonde ficam localizados os escritórios da Vale em Brumadinho para demonstrar sua insatisfação com a demora e o descaso nos acordos de indenizações aos atingidos pelo rompimento da barragem em 25 de janeiro de 2019, na mina Córrego do Feijao, onde deixou mais de 270 mortos.

Problemas com documentações e falta de respostas foram as indagações dos moradores e até o momento a empresa não se posicionou sobre as reclamações.

Moradores do Parque da Cachoeira, área atingida, se organizaram para tornar a público a insatisfação com o andamento das negociações e dos pagamentos das indenizações aos atingidos. Alguns moradores entraram com os documentos exigidos em maio de 2019 e ainda não obtiveram respostas, o que gera um estresse e incômodo muito grande naqueles que já sofrem tanto desde o dia 25 de janeiro, esse é o um dos casos do advogado Carlos Dantas, que relata um atraso enorme na resolução de um de seus casos. “Existe cliente, do Córrego do Feijão, que espera desde maio a resposta sobre a proposta de pagamento de sua indenização que até hoje não foi resolvido, porém existem outros casos que foram resolvidos em 45 dias. A demora em alguns casos, acaba prejudicando todo o andamento do processo, até mesmo a relação entre advogado/cliente”, Carlos acredita que isso esteja acontecendo devido ao aumento das demandas de acordos extrajudiciais, e esses transtornos, quando acumulados, se transformam em um efeito cascata, criando atritos entre todos. O Jurídico da Vale, que é de extrema competência, deveria agilizar os casos quando toda documentação solicitada, foi apresentada, pois cada dia que passa a dor e o sofrimento das vitimas aumentam, completou Carlos Dantas.

Nossa reportagem, verificou que existem outros problemas que são gerados como, por exemplo, as diversas fofocas e fake news que se espalham entre a população e a comparação entre as causas. Os critérios de avaliação da Vale estão sendo rigorosos e também muito criteriosos e por esse motivo as causas não devem ser comparadas, para não gerar um incomodo ou frustração as vítimas. Cada caso é um caso, e é assim que está sendo avaliado pelos responsáveis.

A população segue aguardando respostas da Vale sobre as documentações que são entregues, sobre os pagamentos de indenizações e sobre o pagamento emergencial que vem sendo realizado desde o início do ano, a todos os moradores de Brumadinho, que tem data de validade até dezembro de 2019. Os que recebem o pagamento emergencial aguardam a reunião do dia 21 de novembro que decidirá se a vale deverá manter o pagamento por mais um ano.