/Lula se reúne pela primeira vez com os Ministros escolhidos

Lula se reúne pela primeira vez com os Ministros escolhidos

Durante a 1ª reunião ministerial, o Presidente disse que governo tem ‘tarefa árdua’, dá ênfase na boa relação com o Congresso e no respeito à Constituição. Ele disse que relação com Legislativo ‘será a mais importante’ que já teve. E ainda afirmou que não deixará ministros ‘no meio da estrada’, mas quem fizer algo errado será ‘convidado’ a se retirar.

O atual Presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na sexta-feira, dia 6 de janeiro que o governo tem uma tarefa “árdua”, mas “nobre”, pregou boa relação com o Congresso e união para acabar com as “brigas familiares”. Ele também cobrou respeito ao meio ambiente, às leis e à Constituição.

O pronunciamento de Lula aconteceu durante a abertura da primeira reunião ministerial de seu terceiro mandato como presidente. De acordo com a assessoria do Palácio do Planalto, todos os 37 ministros participaram, da reunião. O encontro, que começou pela manhã, deve se estender até a tarde.

“Nossa tarefa é uma tarefa árdua, mas é uma tarefa nobre. A gente vai ter que entregar este país melhor”, disse Lula.

Sem mencionar nenhum ministro especificamente, Lula afirmou que não deixará nenhum dos titulares das pastas “no meio da estrada” ao longo do governo. Ele disse respeitar as indicações políticas que levaram os ministros ao governo.

“Estejam certos que eu estarei apoiando cada um de vocês nos momentos bons e nos momentos ruins. Não deixarei nenhum de vocês no meio da estrada, não deixarei nenhum de vocês. Vocês foram chamados porque têm competência, vocês foram chamados porque foram indicados pelas organizações políticas que vocês pertencem, e eu respeito muito isso”, afirmou.

Lula acrescentou que tratará os subordinados como filhos, apoiando, mas exigindo “muito trabalho”.

Segundo o petista, quem fizer algo errado será convidado a se retirar.

“A pessoa será simplesmente da forma mais educada possível convidada a deixar o governo. E se cometeu algo grave, a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça”, afirmou Lula.

“É preciso que a gente saiba que é o Congresso que nos ajuda. Nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso e, por isso cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado, cada deputada, cada senador, cada senadora que o buscar”, afirmou.

Em outro momento, Lula foi mais específico e citou os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

“Não tem veto ideológico para conversar e não tem assunto proibido em se tratando de coisas boas para o povo brasileiro. Então, eu quero que vocês saibam que vocês contem comigo porque eu tenho consciência que não é o Lira que precisa de mim, é o governo que precisa da boa vontade da presidência da Câmara. Não é o Pacheco que precisa de mim, é governo que precisa de um bom relacionamento com o Senado. E assim nós vamos governar esses quatro anos”, afirmou.

Em outro trecho, o presidente citou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e disse que “empresários de verdade” do agronegócio sabem a “necessidade da produção sem precisar ofender ou adentrar a Floresta Amazônica ou qualquer bioma”.

Segundo Lula, esses produtores serão “muito respeitados pelo governo”, mas os que agirem fora da lei serão responsabilizados.

“Aqueles que quiserem teimar e continuar desrespeitando a lei, invadindo o que não pode ser invadido, usando agrotóxico que não pode ser usado, esse a força da lei imperará sobre eles e nós vamos exigir que a lei seja cumprida. Porque, neste país tudo vale, a única coisa que não vale é o cidadão bandido achar que pode desrespeitar a boa vontade da sociedade brasileira, a nossa Constituição e a nossa legislação”, disse.