/Inhotim: museu inaugurou duas exposições neste sábado

Inhotim: museu inaugurou duas exposições neste sábado

‘Fazer o moderno, construir o contemporâneo: Rubem Valentim’ pode ser vista até setembro de 2024 na Galeria Lago. Já ‘Direito à forma’, até março na Galeria Fonte.

O Museu Inhotim, em Brumadinho, inaugurou, no último sábado (23), duas novas exposições.

São elas:

  1. “Fazer o moderno, construir o contemporâneo: Rubem Valentim”, na Galeria Lago
  2. “Direito à forma”, na Galeria Fonte

Elas integram o Programa Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra e ficam em cartaz até o próximo ano. Com diversidade de artistas e técnicas, ambas trazem diferentes possibilidades da presença negra no campo da arte.

A primeira mostra tem obras de diferentes épocas, desde pinturas da década de 1950, passando por relevos, objetos e emblemas serigráficos, até registros da construção do “Marco Sincrético da Cultura Afro-Brasileira”, monumento em concreto de mais de oito metros de altura, erguido na Praça da Sé, em São Paulo, em 1978.

Já a exposição coletiva “Direito à forma” evidencia trabalhos de artistas de vários tempos e formas, como Ayrson Heráclito, Emanoel Araujo, Lucia Laguna, Luana Vitra, Mestre Didi, Mulambö, Rommulo Vieira Conceição, Sônia Gomes, Rebeca Carapiá e Yhuri Cruz.

 

‘Fazer o moderno, construir o contemporâneo: Rubem Valentim’

Rubem Valentim (Salvador, 1922 – São Paulo, 1991) se formou como artista nos espaços dos ateliês e das exposições, no trânsito entre Salvador, Rio de Janeiro, Londres, Roma, Veneza, Brasília, Dacar, São Paulo, entre outros lugares do mundo.

Desde a década de 1950, o artista é figura ativa no circuito de exposições. Ele integra a Bienal de Veneza em 1962, está presente em oito panoramas promovidos pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo entre 1969 e 1988, assim como em diferentes bienais de São Paulo.

A obra, marcada por emblemas e símbolos, geometrias complexas, composições bidimensionais, relevos, objetos, composições e cores, conecta Áfricas, Américas e Europas.

A “Fazer o moderno, construir o contemporâneo: Rubem Valentim” apresenta um conjunto de obras da coleção do Inhotim que contempla mais de 30 anos de produção do artista, articuladas a trabalhos cedidos pelo Museu de Arte Moderna da Bahia, pelo Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e pelo Museu de Arte da Pampulha.

‘Direito à forma’

Obra ‘Campo elétrico 01 raiva, sal, saúde e tempo’ da artista plástica Rebeca Carapiá — Foto: Caio Rosa/Divulgação

Mais de 30 artistas participam da mostra coletiva “Direito à forma”, que tem se formado a partir de novas aquisições com foco na produção de autoria negra. A exposição apresenta um panorama da produção de pessoas artistas negras, de diversos períodos.

Entre as ausências e as presenças na própria coleção, é evidente que, à pessoa artista negra, as possibilidades são múltiplas.

Em trabalhos que por vezes se tocam, se aproximam e se afastam, essas nuances são postas lado a lado, reativando as discussões sobre o que se tem entendido sobre a arte produzida por pessoas negras no país.