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Feira de Agricultura Familiar na Cidade Administrativa valorizou produtos de Brumadinho

Os produtores rurais de Brumadinho e municípios vizinhos foram destaque na Feira da Agricultura Familiar, que é realizada semanalmente na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, de 10 às 14h, no subsolo do Edifídio Gerais. A feira, organizada pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa/MG) e Emater-MG, marcou os seis meses da tragédia. Para o prefeito Nenen da Asa, a iniciativa é muito bem vinda e vem a somar com as várias ações de promoção da produção agrícola do município. 

 

Os participantes da feira foram selecionados pelos técnicos locais da Emater-MG de cada município. Foram comercializados limão, tangerina, folhosas, mandioca, temperos, feijão, conservas, doces e cachaça.A ideia é valorizar a agricultura familiar da região e mostrar que os produtos são de qualidade, pois não foram cultivados em áreas atingidas pela lama, após o rompimento da barragem da Vale, em janeiro deste ano. Produtores dos municípios de Brumadinho, Mário Campos, Betim, Sete Lagoas e Esmeraldas se juntaram a agricultores de outros municípios que já participam regularmente da feira. Ao todo foram 23 barracas.

“Os produtores de Brumadinho e região não utilizam a água do Rio Paraopeba, que foi atingido pela lama da barragem que se rompeu. A água usada vem de outros córregos, acima do Paraopeba, ou de poços artesianos, longe da área atingida. No caso dos produtores de tangerina, a maioria nem utiliza irrigação”, afirma o coordenador técnico regional de Horticultura da Emater-MG, Wagner Fani, apontando que um  dos destaques da feira foi a produção de três famílias que produzem hortaliças agroecológicas, sem agrotóxicos, no Assentamento Pastorinhas, em Brumadinho.

A secretária municipal de Agricultura de Brumadinho, Andressa Rezende Jardim, diz que, nos primeiros meses após a tragédia, os prejuízos foram grandes por causa do receio dos consumidores. “Alguns produtores voltaram da Ceasa com os caminhões cheios de produtos, pois as pessoas evitavam comprar alimentos vindos de Brumadinho, com medo de contaminação. Agora a situação começa a normalizar. Esta feira é muito bacana porque podemos comprovar que nossos produtos são de qualidade, produzidos longe da área por onde passou a lama”, diz.