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Brumadinho e os problemas gerados no pós enchente

Após praticamente um mês da enchente que atingiu Brumadinho em 2022 a cidade ainda vive os problemas deixados pela água do Rio Paraopeba que ocupou a cidade durante alguns dias. Doenças, problemas em acessar locais do município e possíveis novos alagamentos são algumas das consequências deixada pela enchente.

Durante o mês de janeiro Brumadinho foi atingido em vários pontos, com alagamentos em toda a extensão do Município, na sede a área central ficou submersa pela água marrom, suja de lama, igualmente aos bairros São Conrado, Cohab e Conceição de Itaguá. No interior diversas comunidades foram atingidas e inúmeros pontos foram interditados pela enchente ou por deslizamentos, provocados pelas fortes chuvas.

Após todo o tormento, a água retornou ao leito “normal” do Rio Paraopeba, porém muitos prejuízos e problemas ficaram. A água trouxe uma lama tensa e pesada, que ficou nas ruas, casas e locais atingidos. Os moradores, voluntários e a Prefeitura Municipal realizaram a limpeza dos locais o mais rápido possível, mas muitos cidadãos tiveram contato direto ou indiretamente com a “lama tóxica” o que, em um futuro, pode ocasionar diversos problemas de saúde e novas doenças na cidade.

Muitas famílias atingidas perderam todos seus bens pessoais e ainda possuem um receio de voltar para suas residências e acontecer nova enchente, tendo em vista as fortes chuvas que continuam atingindo Brumadinho e a alta do nível do Rio novamente.

Nos últimos dias fortes chuvas aconteceram no período da tarde/noite o que ocasionou o aumento do nível do Rio Paraopeba novamente, dessa vez ainda de forma controlada e não atingindo a marca colocada pela Defesa Civil, embaixo da ponte, mas trazendo à tona todas as lembranças e sentimentos ruins que os moradores atingidos sentiram no primeiro mês do ano. Muitos cidadãos ainda possuem receio de estar em casa, pela localização e por medo de uma nova enchente, mas não possuem outra alternativa.

O Rio que corta a cidade segue irreconhecível pelos moradores, muitos afirmam que ele nunca foi dessa forma, dessa coloração, e também nunca se manteve com o nível alto por longos períodos, como agora. Diversos cidadãos associam essa mudança no leito do Rio ao rompimento da Barragem da Vale em 2019, onde todo o rejeito foi despejado nas águas do Rio Paraopeba

A defesa Civil e os Órgãos responsáveis seguem monitorando o nível do Rio para que consigam antecipar qualquer nova enchente e alertar, avisar e ajudar os cidadãos que moram em áreas de risco.