/Bolsonaristas invadiram e destruíram o Congresso Nacional, Palácio do Planalto, STF

Bolsonaristas invadiram e destruíram o Congresso Nacional, Palácio do Planalto, STF

Militares presentes tentaram, mas não conseguiram, conter os terroristas com spray de pimenta e bombas de efeito moral. Vândalos destruíram os prédios, sedes dos poderes da República, obras de artes, móveis e diversos itens que estavam dentro das instalações.

Bolsonaristas radicais invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, no domingo, dia 8 de janeiro. Os bolsonaristas entraram em confronto com a Polícia Militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília antes de invadir os prédios. Os participantes de atos antidemocráticos que agrediram os polícias estavam com pedaços de paus e pedras.

Quando a manifestação iniciou com o caos os policiais militares tentaram conter os bolsonaristas com uso de spray de pimenta, no entanto, eles invadiram a área de contenção que cercava o Congresso Nacional agredindo os polícias presentes. Imagens do local mostram que um veículo da Polícia Legislativa caiu no espelho d’água do Congresso.

Bolsonaristas atacando policiais durante a invasão

Quase todas as vidraças da sede do Congresso foram quebradas, algumas obras de arte e objetos da história do Brasil foram destruídos ou roubados. Os bolsonaristas radicais também conseguiram alcançar o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa.

Após a invasão ao Congresso Nacional, os bolsonaristas radicais conseguiram invadir o Supremo Tribunal Federal (STF). Os participantes do ato antidemocrático quebraram vidros da fachada, entraram no prédio e chegaram até o plenário, onde arremessaram os móveis, papeis ou qualquer outro item que estrava lá dentro.

A invasão no Palácio do Planalto, chegou até o quarto andar onde toda a sede do Poder Executivo foi depredada. Os terroristas nas sedes dos poderes da República começaram a ser dispersados apenas por volta das 19h, cerca de 4h após o início do caos

foto: Ed Alves/CB D.A. Press

 

Intervenção federal

Os atos antidemocráticos fizeram o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, decretar intervenção federal na área de segurança pública do Distrito Federal para manter a ordem pública

“O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado no Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão a prédios públicos”, diz o decreto lido por Lula.

A intervenção está prevista para durar até o dia 31 de janeiro. O interventor vai ser Ricardo Garcia, secretário-executivo do Ministério da Justiça.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, chamou os atos antidemocráticos de “absurdos” e afirmou que a “tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. Dino disse ainda que o GDF informou que “haverá reforços”.

O ex-ministro da Justiça e atual secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, disse que determinou que o setor de operações da pasta tome “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília. “Cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios”, afirmou.