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Projeto de humanização desenvolvido por alunos de medicina, traz alegria e esperança a quem está internado

Alunas do 6° período do curso de medicina da PUC Minas de Betim vêm desenvolvendo um trabalho que tem ajudado diversos pacientes internados no Complexo Hospitalar Valdemar de Assis Barcelos, a terem um tratamento mais leve e humano. Batizado por elas como “PUC da Alegria”, as acadêmicas realizam uma vez por mês números cistercienses nas enfermarias do hospital.

 

Inspirado no renomado projeto “Doutores da Alegria”, que atua nos hospitais de São Paulo há mais de três décadas levando esperança a pacientes de todas as idades, as jovens aspirantes a médicas demonstram pensar que tão importante quanto tratar as enfermidades por meio da ciência, é torná-lo um processo menos impessoal e mais humanizado.

 

“Esse é um projeto de extensão que tem como objetivo levar alegria para as pessoas que se encontram internadas, a gente se entrega muito mas, em contrapartida, é muito gratificante desenvolver esse trabalho. Medicina é muito mais do que simplesmente cuidar do quadro clínico da pessoa, é criar um vínculo com o paciente e entender suas particularidades. O estado de espírito de quem está em um leito de hospital é determinante para o êxito do tratamento”, considera Lorena Xavier, estudante e uma das integrantes do grupo.

 

O projeto é realizado no Hospital Regional de Betim desde 2016 e, há dois meses, chegou ao Hospital Municipal. Uma vez por mês as meninas se transvestem de palhaço e percorrem os leitos de enfermaria nas alas de pediatria e também de adultos fazendo traquinagens com quem aparecer pela frente.

 

Todas estas ações são acompanhadas de perto pela psicóloga do hospital Viviane Ferraz. Segundo ela, humanizar o SUS é o maior desafio que os profissionais se deparam diariamente em toda a cadeia do sistema, estendendo-se também para a rede hospitalar privada.

 

“Nós não tratamos a doença, tratamos a saúde e, pensando no sujeito que ele tem suas vivências sociais, culturais, sua religiosidade e sua forma de ver o mundo, que de alguma forma quando está internado se perde isso. Então, nós buscamos trazer o que ele tem dessas experiências também para dentro do hospital, para que ele consiga de alguma maneira cuidar da saúde de uma forma melhor”, destaca.

 

 

 

Matéria por: Moisés Elias / Prefeitura Municipal de Brumadinho