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Vale Refuta Alegação de Lula sobre Indenização de Brumadinho

Brumadinho, 20 de junho de 2024.

Nesta quarta-feira, 19, durante a posse da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que a mineradora Vale não pagou as indenizações devidas pelo desastre de Brumadinho. Segundo Lula, “desde Mariana e Brumadinho, com o desastre das barragens, até hoje não foi paga a indenização daquele povo que está esperando uma casa e o ressarcimento do estrago.”

Em resposta, a Vale divulgou uma nota oficial contestando a declaração do presidente. A empresa afirmou que desde o rompimento da barragem B1, em Brumadinho, ocorrido em janeiro de 2019, foram firmados acordos de indenização cíveis e trabalhistas com 16.394 pessoas, totalizando R$ 3,7 bilhões em pagamentos.

Além disso, a mineradora destacou que, conforme levantamento da Fundação Renova, foram destinados R$ 37 bilhões para ações de reparação e compensação, incluindo indenizações e auxílios emergenciais. Esses recursos abrangem também os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, ocorrido em novembro de 2015 sob a gestão da Samarco Mineração, controlada pela Vale e pela BHP Billiton.

O desastre de Brumadinho, que resultou no rompimento da Barragem I do Complexo Paraopeba II, é uma das maiores tragédias ambientais do Brasil. A tragédia não só causou perdas humanas irreparáveis, mas também impactos ambientais severos. Desde então, a Vale tem sido alvo de críticas e demandas por reparações, tanto de parte das autoridades quanto das comunidades afetadas.

Com a contestação da mineradora, a polêmica sobre a efetividade das ações de reparação e compensação da Vale segue em pauta, alimentando debates sobre a responsabilidade corporativa e a justiça para as vítimas das tragédias ambientais no país.