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Sindicatos criticam proposta de congelamento de salários e concursos em MG

Servidores da Polícia Militar e dos bombeiros prometem até uma paralisação geral se o processo do RRF continuar.

Sindicatos dos servidores públicos de Minas Gerais criticaram, nesta terça-feira (7/3), a proposta apresentada pelo governo Romeu Zema (Novo) de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Servidores da Polícia Militar e dos bombeiros prometem até uma paralisação geral se o processo continuar.

De acordo com o sargento Marco Antônio Bahia, vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), a categoria irá fazer resistência se houver retirada de direitos aos militares. A proposta enviada pelo governo de Minas ao Ministério da Fazenda prevê que não haja correção real dos salários de servidores com base na inflação pelos próximos dez anos, além de vetar a realização de novos concursos.

“Tivemos várias reuniões com o governador e com o vice Mateus Simões abordando a temática do RRF. Se enviarem o projeto atrelado a uma reforma administrativa com perdas para a nossa categoria, a resistência será grande. Iremos ter uma das maiores crises na segurança pública, porque qualquer tentativa de retirada de direitos, como congelamento de salários, já avisamos que iremos parar as atividades”, pontuou Bahia, que garantiu que durante as eleições do último ano Zema prometeu que não iria propor nenhuma medida que prejudicasse as carreiras dos servidores da segurança pública.

Já o Sindicato dos Servidores da Tributação, Fiscalização e Arrecadação do Estado de Minas Gerais (Sinfazfisco-MG) pretende se reunir com o governo federal para discutir a proposta. Segundo o presidente da entidade, Hugo Rene de Souza, o sindicato já levou a questão para o jurídico analisar.

“Nós fomos o que mais denunciamos isso, no fim, o mais prejudicado não são os servidores, mas sim a população de baixa renda que usa o serviço público, que precisa do posto de saúde, da segurança, que depende da creche e da escola”, avalia Souza, que já enviou também um ofício ao ministro Fernando Haddad pedindo que estude alternativas ao RRF.

 

Matéria por: O Tempo