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Funeral de Bento XVI termina com pedidos de santificação

Joseph Ratzinger foi enterrado na Basílica de São Pedro, após cerimônia com mais de 50 mil pessoas no Vaticano. O Papa Francisco elogiou seu antecessor.

Em uma cerimônia nunca antes vista na história da igreja católica e acompanhada por milhares de fiéis, o papa emérito Bento XVI foi enterrado na quinta-feira, dia 5 de janeiro de 2023.

O funeral, presidido pelo papa Francisco, encerrou a semana de despedidas de Joseph Ratzinger, que morreu dia 31 de dezembro aos 95 anos.

Bento XVI é lembrado por ter sido mais conservador e menos popular que papas recentes, mas mesmo assim seu funeral contou com uma multidão que lotou a Praça de São Pedro, no Vaticano.

De acordo com a polícia italiana, mais de 50 mil pessoas participaram do ato, entre membros da igreja católica, fieis, representantes de governos, turistas e jornalistas – número bem menor, no entanto, que o de assistentes ao funeral de João Paulo II, em 2005, que reuniu cerca de 500 mil pessoas.

O funeral durou cerca de uma hora e meia e aconteceu após os três dias de velório nesta semana. Na cerimônia, o papa Francisco leu uma série de referências bíblicas e escritos da igreja católica e fez comparações entre Bento XVI e Jesus. Ele pediu que seu antecessor “seja bem recebido por Deus”.

“Bento, que sua alegria seja completa ao ouvir Sua voz, agora e para sempre”, discursou Francisco.

Francisco também chamou Ratzinger de “grande mestre da cataquese”. Cento e vinte e cinco cardeais, além de 200 bispos e cerca de 3.700 sacerdotes, auxiliaram o papa, que falou ainda da “sabedoria, ternura e devoção que Bento XVI nos concedeu ao longo dos anos”.

Bento XVI é muito lembrado por todos quando em 2013 chocou o mundo ao se tornar o primeiro papa em 600 anos a renunciar em vez de comandar a igreja até o final de sua vida.