Guilherme Morais (PSD) e seu pai, Maurilio Morais, deram soco em profissional da imprensa após emboscada de seus apoiadores contra o agredido.
Brumadinho foi palco de um episódio de violência nesta semana, quando uma manifestação em frente à Câmara Municipal, que deveria receber a denúncia contra o candidato a vice-prefeito Gabriel Parreiras, terminou em agressão física contra um profissional da imprensa. A sessão que investigaria alegações de corrupção envolvendo Gabriel, acusado de emitir notas fiscais a favor de sua própria empresa de medicina, nem sequer teve início devido à ação coordenada dos apoiadores de Guilherme Morais e Parreiras, que impediram a entrada dos vereadores na Câmara Municipal.
De acordo com uma testemunha, que optou por não se identificar por temer represálias, o ex-vereador Guilherme Morais, candidato à Prefeitura, foi o protagonista de uma forte cena de agressão. “Tudo aconteceu muito rápido. Guilherme estava claramente irritado com a presença do Ângelo, que foi para o carro com medo dos agressores. Guilherme perdeu o controle. Sem qualquer provocação, ele desferiu um soco na boca do Angelo”, relatou a testemunha, que também informou que em seguida, o pai do candidato, Maurílio Morais, também deu um soco no profissional que estava trabalhando.
O tumulto teve início quando manifestantes, identificados como apoiadores de Gabriel Parreiras, bloquearam a entrada dos vereadores, inviabilizando o início da sessão. A confusão se espalhou para fora da Câmara, onde a imprensa aguardava para cobrir o desenrolar dos eventos. Foi nesse contexto de caos e tentativa de impedir a cobertura jornalística que a agressão ocorreu.
“Foi um ato covarde e desesperado. Eles sabiam que as denúncias eram graves, e ao ver que a imprensa estava ali para reportar a verdade, Guilherme agiu com violência para tentar silenciar qualquer questionamento”, afirmou a testemunha.
O profissional da imprensa agredido foi levado para um hospital, onde recebeu cuidados médicos e, segundo fontes, passa bem. Ele registrou a agressão na delegacia local, e um inquérito foi aberto para investigar o ocorrido. Ângelo também teve seu celular furtado e o carro amassado por chutes e socos.
Até o fechamento desta edição, a assessoria de Guilherme Morais não se pronunciou sobre o incidente. O episódio, que impede o livre exercício da função parlamentar e ataca diretamente a liberdade de imprensa, reforça a necessidade urgente de medidas para garantir a integridade dos processos democráticos para os jornalistas e profissionais da imprensa.