/Morre no Rio de Janeiro Glória Maria, jornalista e ícone da TV brasileira

Morre no Rio de Janeiro Glória Maria, jornalista e ícone da TV brasileira

Marcos e feitos históricos desde 1971, a carioca foi a 1ª repórter a entrar ao vivo e em cores no Jornal Nacional. De 1998 a 2007, ela apresentou o Fantástico e, desde 2010, integrava a equipe do Globo Repórter. Um grande nome, reconhecida como inspiração para mais de uma geração de mulheres negras.

 

O Brasil amanheceu hoje com uma notícia triste, a jornalista Glória Maria, ícone da TV brasileira, morreu no Rio de Janeiro na quinta-feira, dia 2 de fevereiro. Ainda não foram anunciadas nenhuma informação sobre o velório.

Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão e fez um bem-sucedido tratamento com imunoterapia. Tempos depois, ocorreu metástase no cérebro, e a jornalista teve de passar por cirurgia, que também teve êxito.

“Em meados do ano passado, 2022, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias, e Glória morreu esta manhã, no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio”, afirma o comunicado da rede Globo.

Primeira jornalista a aparecer na TV (antes, os repórteres não apareciam no vídeo) e primeira aparecer a entrar ao vivo e em cores no Jornal Nacional , Glória Maria foi pioneira inúmeras vezes. Esse pioneirismo é reconhecido como inspiração para mais de uma geração de mulheres negras.

Ao longo de cinco décadas de carreira, Glória Maria mostrou mais de 100 países em suas reportagens e protagonizou momentos históricos. Entrevistou chefes de Estado e celebridades como Michael Jackson e Madonna.

Também cobriu a Guerra das Malvinas, em 1982; a invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo terrorista, em 1996; os Jogos Olímpicos de Atlanta, também em 1996; e a Copa do Mundo de 1998, na França.

Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou. “Aprendi inglês, francês, latim e vencia todos os concursos de redação da escola”, lembrou em entrevista ao Memória Globo.

A jornalista deixa duas filhas: Maria, de 15 anos, e Laura, de 14, adotadas em 2009.